As embalagens flexíveis — como sachês, invólucros e bolsas — são um tipo de plástico em rápido crescimento, valorizado por ser leve, funcional e de baixo custo. No entanto, com baixas taxas de reciclagem e altos índices de dispersão no meio ambiente, também é um dos tipos mais difíceis de gerenciar sob a ótica da circularidade e da poluição.
Superar essa barreira sistêmica significaria eliminar uma das maiores fontes de poluição por embalagens plásticas. Sem enfrentar o problema das embalagens flexíveis, mais de 20 trilhões de itens desse tipo poderiam acabar nos oceanos nos próximos 15 anos, com muitos outros poluindo o ambiente terrestre.
O desafio é especialmente grave em mercados que combinam alto crescimento econômico, baixa taxa de coleta e altos índices de manejo inadequado de resíduos — frequentemente baseados em uma “economia do sachê”, em que inúmeros produtos são vendidos em pequenas embalagens flexíveis de dose única, direcionadas a consumidores de baixa renda.


Acelerando a mudança: o nosso foco
Soluções são possíveis. Para ajudar a combater os resíduos e a poluição causados pelas embalagens flexíveis, a Fundação irá inicialmente concentrar-se na inovação de materiais. Esta é apenas uma das várias vias de solução e não pode ser eficaz sem que, em primeiro lugar, se mude para modelos de entrega alternativos, como a reutilização, tanto quanto possível, e se melhore a infraestrutura de recolha e reciclagem. A Fundação também está a explorar estas vias através do nosso trabalho sobre reúso e infraestrutura.
Ações prioritárias para empresas
Enquanto um número crescente de atores explora materiais alternativos — especialmente os à base de papel — ainda há falta de alinhamento sobre onde e sob quais condições esses materiais podem desempenhar um papel. Essa incerteza dificulta os investimentos significativos em P&D e a ampliação da produção necessária para torná-los viáveis.
Para acelerar a ação, as empresas devem focar nas seguintes prioridades:
Ação individual: definir uma estratégia empresarial para enfrentar os resíduos de embalagens flexíveis, considerando e priorizando todos os mecanismos de acordo com os princípios da economia circular, e garantir financiamento para sua implementação.
Ação colaborativa: compartilhar esforços de P&D para reduzir o custo, o risco e o tempo necessários para levar inovações em materiais ao mercado em larga escala, quando relevante e em linha com uma visão comum.
Advocacy coletiva: alinhar-se em torno de uma visão comum e de condições claras sobre onde e como materiais alternativos para embalagens flexíveis são benéficos, promovendo essa visão e políticas de apoio.






