Na próxima semana, em 5 de agosto, governos se reunirão em Genebra para a próxima rodada de negociações do Tratado Global sobre Plásticos.
Essa é a nossa maior oportunidade de ampliar soluções e avançar rumo a uma economia circular para os plásticos.
Na rodada anterior de negociações, em Busan, os países demonstraram um alinhamento inédito em torno de elementos-chave para um tratado ambicioso. Agora, o impulso está crescendo.
Rob Opsomer, líder executivo para Plásticos e Finanças da Fundação Ellen MacArthur, declarou:
“Apesar de as negociações do Tratado Global sobre Plásticos terem sido interrompidas em novembro passado por falta de tempo, continuo otimista quanto a um desfecho positivo em Genebra.
Este é um momento real de oportunidade para redesenhar o sistema de produção e uso dos plásticos, e construir uma economia circular. Regras globais claras podem destravar inovação, escalar soluções e gerar benefícios econômicos e sociais concretos para pessoas e negócios em todo o mundo.
A maioria dos governos e cidadãos apoia um tratado ambicioso, eficaz e juridicamente vinculante da ONU, que enfrente todo o ciclo de vida dos plásticos. Isso inclui elementos essenciais como a restrição e eliminação gradual de produtos problemáticos e substâncias preocupantes, diretrizes de design de produtos e mecanismos robustos de implementação. A Coalizão Empresarial por um Tratado Global sobre Plásticos — que reúne mais de 290 empresas, instituições financeiras e ONGs — está unida nesse mesmo chamado.
Quase 100 países já endossaram o documento “Chamado de Nice por umTratado Ambicioso sobre Poluição Plástica”— um sinal encorajador da ambição global para acabar com a poluição plástica, que reforça a urgência de migrarmos para uma economia circular.
Para romper com a lógica linear e desperdiçadora, o foco no design de produtos nunca foi tão importante. A inclusão desse tema no tratado é fundamental para transformar a forma como produzimos, usamos e gerenciamos os plásticos ao longo de todo o seu ciclo de vida. É positivo que os países já reconheçam esse aspecto como uma alavanca essencial para eliminar a poluição plástica e alcançar padrões sustentáveis de produção e consumo.
O impulso é real – e o mandato é claro. Agora cabe aos governos entregar resultados. Convocamos os países a se unirem com ambição e firmarem um tratado forte em Genebra para virar o jogo contra a poluição plástica.”